Correspodentes
Não no sentido de sermos sucursais do centro, filiais da matriz, os que vêem de longe escrevendo pros que lêem de perto.
Mas só isso: outro dia eu li num outro blog – um blog de leitura e participação maçica, o blog do Lédio Carmona, o exemplar “Jogo Aberto” – uma pergunta de um leitor conhecido, Emerson, dirigida nem tanto a mim como a quem pudesse responder, que consistia nisso: qual um bom filme de baseball pra se ver.
That’s right.
É que o Emerson é um rapaz (tosse profunda pra limpar a garganta) que eu nem conheço, mas que já venho lendo há mais de um ano. Tem o seu próprio blog, que é espetacular. Escreve como Balzac, com uma limpidez necessariamente prolixa, no melhor sentido do termo, porque a escrita dele possui uma assiduidade narrativa sempre empenhada em ligar uma coisa às três proximas coisas.
Embora eu fale pouco de Emerson aqui – pela Lei Universal de Quem Distribui as Falas, não sou eu o contraventor – digo apenas que seu único defeito é ser sampaulino, e portanto estar em momento astrológico propenso a triunfalismos, mesmo que ele seja o último a aceitar esse veredito e que apesar de todas as suas juras ao contrário tenha sofrido como o mesmo cão abnegado que fui eu naquela tarde de França contra Brasil em Dortmund, ou onde quer que tenha acontecido aquilo.
Mas nada disso importa. Somos Correspondentes porque respondemos às mesmas coisas.
E a pergunta (por mais oblíqua que fosse minha recepção dela) do Emerson na semana passada foi essa:
-- Qual o melhor filme de Beisebol pra se ver?
A resposta, my dear Emerson: Nenhum deles.
Desenvolvo no próximo post.
I swear.
(continua…)
1 Comments:
- Ô, Rosa! Eu sofri no Brasil x França?
...
- Como não lembra? Ah...
...
Hummm... Acho que não sofri, não lembro. Minha raiva era tão profunda que deletou todo aquele período de minha memória randômica.
Pensando bem, acho que não sofri. Quando estou com raiva eu não sofro.
By Emerson, at 25/7/06 19:18
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