Enquanto isso, no Líbano
Peço aos leitores do blog derem uma olhada tanto no Ha'aretz de Tel Aviv como no Daily Star de Beirut.
Ambos jornais um tanto mais pertos do centro do nó.
O Sul do Líbano, uma Baixada Fluminense dominada por evangélicos shi'itas, (que me perdoam a comparação, tanto os libaneses como os leitores da Baixada) é território onde pouco ainda se aplica a lei.
E o Hizbolá--por mais sofisticado que queira parecer aos co-leitores libaneses das grandes cidades -- não tem a menor pudicícia em ao menos indicar que seu raio de alcance e influência geográficos mal passam de uns 30 kms de alcance: uma saraivada de Katyushas cegas, em noite clara, apontadas ao sul.
E pensar que nos anos 70, antes da guerra civil, as mulheres podiam tomar banho de sol topless nas praias de Beirut.
Sabem, os hizbolitas, que a revanche israelense afugenta todo o mundo do líbano -- a burguesia de Beirut pega o primeiro vapor para o Chipre.
Os que sobram se protegem ao norte: a linha a partir da qual não caem bombas; os sicários de Síria o primeiro taxi pra Damasco. Os druzes se escondem nas montanhas ao leste; os maronitas mais pobres, nas montanhas e vales mais ao norte e ao alto.
E apostam, esses hizbolitas, em que os shi'itas --a gente mais pobre e fodida do Líbano, que não tem onde nem cair morto --vá ficar no pedaço não importa a barra.
É ethnic cleansing, religious cleansing, por tabela.
E não é que a Israel Defense Force é sempre o parceiro ideal?
E que o Líbano é sempre a terra onde se pode executar um ataque impune?
1 Comments:
"E não é que a Israel Defense Force é sempre o parceiro ideal?"
Esta, infelizmente, é uma das piores e mais contraditórias verdades dos dias que correm.
:o(
By Emerson, at 9/8/06 11:06
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