sábado, agosto 19, 2006
Sexta
Algumas imagens capturadas hoje no Scultpture Garden, aqui em Washington, DC.
Gostei da morenice turquesa hiponga captada na primeira foto.
A segunda -- che nazzo!-- estava ao alcance de mão.
E do trifólio: em tempo a anônoma da direita -- que nao tinha nada a ver com as outras duas -- sacou da bolsa um Noam Chomsky, "Media Control" , e fazia as vezes de leitura por horas a fio.
sexta-feira, agosto 18, 2006
70
por
70
Outros assuntos?
Esclareço: 70 anos por 70 milímetros:
Quem se lembra ainda do cinerama no Roxy? Do Bruni 70? Das últimas noites do Rian?
Das primeiras transmissões de tv a cores pela Globo?
**
Mas ainda prefiro Regina Duarte, 70 por 70, anos por milímetros, na tela pequena
Pelo rosto e pela voz.
Pela capacidade de se lembrar das falas de uma só vez e de incorporar o personagem, seus movimentos, suas expressões naquela lente pequinésima da lentilha da novela.
Mesmo (sobretudo) que ela fizesse isso desde “Véu de Noiva”, século passado.
E que hoje ressurja com um tipo de beleza que é só inesperadamente sua.
Desculpa, gente, mas o Notass Avulsass ainda é tarado em Regina Duarte.
quinta-feira, agosto 17, 2006
Enquanto isso, no Beira-Rio
Parabens ao Internacional, um clube cujo nome é apenas uma força de expressão.
E parabens pelo título, amplamente merecido.
Mas como o almoxarifado do Notas hoje me informa que o pano está escasso, qualquer provocação rende. Para os leitores habituais, portanto, nada de novo.
Confesso que vi pouquíssima coisa dos jogos de ontem. Nada de Noruega x Brasil (que assisti apenas hoje no dvr, com o dedão apoiado o tempo todo na tecla de fast-forward).
E apenas dois pedaços de Inter x São Paulo: (1) aquele pedação no primeiro tempo quando o jogo fora interrompido por falta de condições de visibilidade, devido à ação conjunta do inimigo em acionar todos os fogos de alerta ao mesmo tempo naquele setor do Beira-Rio e (2) o segundo gol de empate do São Paulo alcançado em falha clamorosa de Clemer.
O fuso horário entre Washington e Porto Alegre exacerbou o meu sono. Mesmo que o fuso fosse apenas de uma hora. E daqui, de uma hora a menos.
Mas foi o espetáculo do jogo interrompido por espessas nuvens de fumaça ocupando todos os espaços que me desestimulou a continuar assistindo àquilo.
Durante a paralização as câmeras enfocavam Abel Braga da cintura pra cima agasalhado naquela jaqueta que era quase a cor e a cara da capa de chuva do Humphrey Bogart no final de “Casablanca,” quando o Rick admite pro Louis Renault que isso poderia ser “the beginning of a beautiful friendship.” E nuvens opacas de bruma, névoa, cerração (jamais vistas no Marrocos) encerram o segundo plano da tomada e surge a legenda declarando oficialmente -- e para o alívio de todos-- o Fim.
Tudo bem. Só que agora vou ter que ver tudo de novo travêz.
O jogo, digo, e não Casablanca.
Parabens ao Internacional, um clube cujo nome é apenas uma força de expressão.
E parabens pelo título, amplamente merecido.
Mas como o almoxarifado do Notas hoje me informa que o pano está escasso, qualquer provocação rende. Para os leitores habituais, portanto, nada de novo.
Confesso que vi pouquíssima coisa dos jogos de ontem. Nada de Noruega x Brasil (que assisti apenas hoje no dvr, com o dedão apoiado o tempo todo na tecla de fast-forward).
E apenas dois pedaços de Inter x São Paulo: (1) aquele pedação no primeiro tempo quando o jogo fora interrompido por falta de condições de visibilidade, devido à ação conjunta do inimigo em acionar todos os fogos de alerta ao mesmo tempo naquele setor do Beira-Rio e (2) o segundo gol de empate do São Paulo alcançado em falha clamorosa de Clemer.
O fuso horário entre Washington e Porto Alegre exacerbou o meu sono. Mesmo que o fuso fosse apenas de uma hora. E daqui, de uma hora a menos.
Mas foi o espetáculo do jogo interrompido por espessas nuvens de fumaça ocupando todos os espaços que me desestimulou a continuar assistindo àquilo.
Durante a paralização as câmeras enfocavam Abel Braga da cintura pra cima agasalhado naquela jaqueta que era quase a cor e a cara da capa de chuva do Humphrey Bogart no final de “Casablanca,” quando o Rick admite pro Louis Renault que isso poderia ser “the beginning of a beautiful friendship.” E nuvens opacas de bruma, névoa, cerração (jamais vistas no Marrocos) encerram o segundo plano da tomada e surge a legenda declarando oficialmente -- e para o alívio de todos-- o Fim.
Tudo bem. Só que agora vou ter que ver tudo de novo travêz.
O jogo, digo, e não Casablanca.
terça-feira, agosto 15, 2006
Amanhã que é dia dele
Bem, não chega a ser o dia dele, nem o Dia D. Nem o Dunga Day.
É apenas mais uma quarta-feira recheiada de jogos de futebol pelo mundo afora, entupida de amistosos internacionais. Rússia x Letônia, Inglaterra x Grécia, França x Bósnia, Itália x Croácia, Irlanda x Holanda, Alemanha x Suécia, Noruega x Brasil.
(Ah. Que me desculpem os espanhóis e sobretudo os islandêses: hoje vivenciamos Islândia x Espanha.)
Mas o jogo mais importante de todos é Internacional x São Paulo. Ou Fluminense x Corinthians. Ou Hezbollah x Israel. Senso Histórico x George W Bush.
Amanhã também é dia de mais vinte-e-tantos jogos de beisebol, de não sei mais quantas partidas de tênis, de county cricket na Inglaterra, de pescadores no costão da Pedra do Leme x Tainhas. Da novela das nove x o tédio do telespectador. Da Quimoterapia x o Câncer. Do Genro x a Sogra. Do Notas Avulsas x A Falta Incontornável de Assunto.
Da Matéria x o Vácuo.
Do Et Cetera x o Ad Infinitum.
Do Vice x o Versa.
Mas não deixa de ser o dia de estréia do Dunga. Nem o dia -- ou a noite -- quando vamos conhecer o campeão da Libertadores da América. Título que, com toda a RP que anda acumulando o Hugo Chavez, periga se transformar ano que vem no Libertadores Bolivarianos da América.
Ao vivo, portanto, de Oslo. E depois do Beira-Rio. Logo mais.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Estação Inverno
Os desenhos são de Jasper Goodall, lá de Londres.
Mas os modelitos estão lá no Land of the Liquid Sun, na coleção deles.
É só clicar nas bolinhas do Liquid Sun pra ver mais.
Nulla die sine linea
(mas às vezes semanas inteiras…)
Aqui na Redação Central do Notas Avulsas têm dias quando nada digno de comentário acontece.
Hoje, para a infelicidade dos cinco leitores dessa coluna, não foi um deles.
-- Nova linha de biquínis lançada em Londres? Novo blog do presidente do Irã? Vitória do Fluminense no Mineirão?
-- Quem iria acreditar em qualquer uma dessas três coisas?
Era o diálogo incrédulo na reunião editorial de hoje de manhã, mesmo que três quartos do conselho estivessem ausentes por motivos ainda inexplicados. Ou que o trânsito estivesse engarrafado na Constitution Avenue, que um helicóptero nada amigável sobrevoasse o pedaço de estrada ao lado da Casa Branca, que as sequelas do fim de semana transbordassem em cascatas de resfriados, alergias, indisposições.
-- Aquele gato preso na árvore!?
-- A CNN já furou.
E correu assim a manhã, o meio-dia, a tarde, o atardescer.
Na hora do almoço reparávamos ao japonês habitual para consertar as mágoas num porre de calorias: franguinho ao teriyaki; tempuras de camarão, de batata-barôa, de inhame; gyozas; arroz, e sashimi de atum para repormos o mercúrio perdido na lerdeza do dia.
-- Chris Hitchens no Flip?
-- Old news.
E assim por diante.
O ennui de uma segunda-feira calorenta de agosto em Washington, de passeios forçados em volta da Casa Branca às seis-e-meia da tarde quando absolutamente nada acontece, contrariando todo o otimismo matinal.
Exceto a pane nas linhas laranja e azul do metrô que provocaram atrazzzzzzzzz rrrrrrrrrrronc....
(mas às vezes semanas inteiras…)
Aqui na Redação Central do Notas Avulsas têm dias quando nada digno de comentário acontece.
Hoje, para a infelicidade dos cinco leitores dessa coluna, não foi um deles.
-- Nova linha de biquínis lançada em Londres? Novo blog do presidente do Irã? Vitória do Fluminense no Mineirão?
-- Quem iria acreditar em qualquer uma dessas três coisas?
Era o diálogo incrédulo na reunião editorial de hoje de manhã, mesmo que três quartos do conselho estivessem ausentes por motivos ainda inexplicados. Ou que o trânsito estivesse engarrafado na Constitution Avenue, que um helicóptero nada amigável sobrevoasse o pedaço de estrada ao lado da Casa Branca, que as sequelas do fim de semana transbordassem em cascatas de resfriados, alergias, indisposições.
-- Aquele gato preso na árvore!?
-- A CNN já furou.
E correu assim a manhã, o meio-dia, a tarde, o atardescer.
Na hora do almoço reparávamos ao japonês habitual para consertar as mágoas num porre de calorias: franguinho ao teriyaki; tempuras de camarão, de batata-barôa, de inhame; gyozas; arroz, e sashimi de atum para repormos o mercúrio perdido na lerdeza do dia.
-- Chris Hitchens no Flip?
-- Old news.
E assim por diante.
O ennui de uma segunda-feira calorenta de agosto em Washington, de passeios forçados em volta da Casa Branca às seis-e-meia da tarde quando absolutamente nada acontece, contrariando todo o otimismo matinal.
Exceto a pane nas linhas laranja e azul do metrô que provocaram atrazzzzzzzzz rrrrrrrrrrronc....