Notas Avulsas

terça-feira, janeiro 02, 2007

The most beautiful song (in the Portuguese Language) is this:

sorry, Chico... This one belongs to Zé Rodrix and Tavito:

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
e nada mais

Olha, noves fora, estou nem um pouco empertigado com o meio pelo qual Saddam Hussein chegou ao fim de sua miserável vida. Bem feito. E poderia até ter sido muito pior.

O cara passou a vida inteira matando gente -- humm, vejamos, esses com gás, esses à bala, esses na sacanagem dos nossos estaleiros de morte aqui mesmo em Bagdá, à mão, no torniquete, na sangria, na sacanagem pura, estrangulando e depois mandando recados à família...

Saddam era um monstro. Bem feito que ele tenha morrido em câmera lenta com neguinho sacaneando ele ainda no final.

Em que pese, pra ele, foi mesmo misericórdia.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Reveillon, Copa, Coisas

SV, uma das musas cá do Notas, manda essa de Copa.

E vejam bem: tá publicada em Opinativas, que é só pra quem pode com aquela democracia toda.

http://opinativas.wordpress.com/2006/12/28/desbunde-e-nostalgia/

Parabens Part II

Claro que a comida do JJLD deu certo. Tão certo que não sobrou nada, tão certo que no dia seguinte nem consegui levantar da cama, senão para curtas passadas para a cuia do feijão na cozinha, uma farinha, uma pimentinha, e de volta pra cama, pros programas de final de ano no rádio, pra sonolência que não saía de meu corpo (nem que eu a quisesse expulsar), pras dores de uma despedida vindoura em que nem quero pensar, pra tocar alguma coisa de Elis Regina pela trigésima nona vez.

E o enforcamento do Saddam, programado e reservado com exclusividade para a próxima manhã, executada na madrugada do dia 31, com todo o bom gosto e aquele sense of timing que sempre compete aos poderes públicos do mundo árabe, como se fosse mais uma lapidação, decapitação num dia qualquer num mundo qualquer. Até os americanos viram aquilo e disseram "Oh dear..."

E, enquanto isso, L I Lula da S é empossado mais uma vez como P da R. Dizendo, jurando, acenando... Que ninguém em 500 anos fizera tal coisa, pensara em tal coisa, executara tal coisa.

É a esquerda direitista, ou a direita de esquerda mais uma vez no Planalto.

Ótimo. Getúlio teria morrido de inveja.






Portanto, parabens a nós todos nessa passagem de ano.