Notas Avulsas

sábado, junho 30, 2007

vem aí...



dia 27...

Das Trutas

Antes



Depois



Ponha uma frigideira boa, grossa e anti-aderente ao fogo. Fogo alto. Fogo agressivo.

Assim que a panela estiver estalando de calor, deite umas gotas de azeite de oliveira. Claro que vai fazer fumaça. A idéia é essa.

Deite nela a truta, com pele e tudo. Pele pra baixo, claro.

Aos poucos a truta vai cozer, a translusência de sua carne virar-se-á em baça opacidade.

Antes desta opacidade total se der, vire a truta e retire-a de imediato da panela.

Transfira a truta a um prato.

Polvilhe-a com sal, um bom punhado de salsinha picada, um só tanto de sálvia, umas gotas de limão e um fiozinho de azeite.

Deixe descansar por um par de minutos e em seguida, devorar.

das trutas

--Se você cair do barco agora, nessas águas, tua sobrevida seria de uns oito minutos.

Foram estas as palavras do oficial de pesca em Yellowstone National Park em 1971 à bordo da lancha onde eu, minha irmã e meu pai tentávamos fisgar uma truta selvagem no anzol nas gélidas e cristalinas águas de Lake Yellowstone.

Naquele dia só ela que conseguiu voltar às margens do lago com uma truta inteira, autorizada, por medir mais do que os 30 cms mínimos.

E fritaram a tal truta. E desde então tudo tem sido vingança pura.

** ** **

Pois hoje as trutas vêm dos trutários. Mas nem por isso deixam de ser belas e apetitosas. E desde a semana passada eu lhes digo, leitores, que as trutas andam mais belas e mais apetitosas do que nunca.

** **

O calor em Washington -- esta cidade tão calorenta -- está quase no apogeu. E o que é que eu vejo na peixaria de preferência?

Trutas.

Fresquinhas e inteiras (mesmo que destripadas e desvertebradas) para o belprazer do cozinheiro de horas vagas.

Pois então o negócio é esse: direto às trutas.